Um peixe navega em águas profundas, sondando um território desconhecido. As fronteiras parecem indefinidas, tendo como limite a escuridão. Tal é a mente, tais é o espaço abstrato dos sentidos e percepções. O vídeo traz uma metáfora mas antes um estudo, uma experiência. Todos os estados do ser se desdobram nesse espaço sutil, sem tempo nem forma: sensações, impulsos, pensamentos. A calma, a dúvida, a hesitação, ansiedade, a fúria que, no limite, constituem o mundo ao redor. Mas é também nas passagens desses estados que se produz a beleza, espécie de dança criadora capaz de tornar o confinamento numa poética do movimento e da multiplicação.