Um rosto se aproxima da superfície da água. Quanto mais profundamente contempla, mais a água se agita. Passagens de tensão, medo, desespero e alívio logo emergem, revelando sua própria imagem (e memória) como nada além de reflexos.
Nem todo mundo está disposto a sondar as dimensões mais sombrias e caóticas da alma, mas alguns têm nisso uma vocação. Essa é a paixão dos artistas e do Stalker de Tarkovski, obra que inspira este projeto: ele segue seu destino apesar das dificuldades e do que os outros possam pensar dele. Para céticos e críticos ele dá de ombros, e simplesmente deixa que riam.