Sísifo empurra um grande cubo pela estrada, sem aparente razão. Entre bosques, clareiras e belas paisagens ele segue irredutível em sua tarefa. A experiência repetitiva e absurda de Sísifo é apresentada numa vídeo-instalação que reproduz o ciclo eterno de monotonia que dará ao homem a possibilidade de criar e transcender.
A metáfora existencialista é ampliada ainda à experiência da arte. Com performance do próprio artista, a obra se torna testemunho de um ofício desprovido de função e valor objetivos, encarnando a própria definição do absurdo. Cabe ao artista a tarefa de seguir em seus trabalhos, aceitando seu destino como parte da criação.